Tecnologia na Escola
“A tecnologia é a aplicação de um conhecimento, de um “saber como fazer”, de procedimentos e recursos para a solução de um problema no nosso cotidiano. O professor deve aprender a ler e a escrever as diferentes linguagens, e as diversas técnicas de informação e de comunicação, assim como as distintas representações usadas nas diversas tecnologias.” 1
É com esse brilhante conceito de tecnologia da prof. Amélia Hamze, que começo minhas observações retiradas a partir da pesquisa feita na Escola Estadual José de Anchieta.
Os dados aqui apresentados foram feitos em diversos ambientes da escola: Sala de leitura, sala de vídeo, biblioteca, LIED, laboratório de ciências, salas especiais de D.I, D.A., D.V., e ensino regular.
Sabe-se que a tecnologia como um todo é bastante ampla em suas potencialidades de ser, existir, informar, e responder; na educação ela pode variar desde um pincel, uma tesoura chegando até um computador. A escola lida diariamente com tecnologia, mas dificilmente se ouve falar de alguma que se ocupe, ou até mesmo acidentalmente conseguiu produzir alguma.
Uma breve síntese do uso das tecnologias nos ambientes da Escola aqui mencionada.
AMBIENTE: Sala de leitura
Tecnologias disponíveis neste ambiente: livros, gibis, revistas em geral, contos, músicas de roda.
Tecnologias utilizadas por iniciativa da professora: cartazes, dobraduras de papel, pinturas, trabalho com fios, colagem.
Tecnologias disponíveis, mas não utilizadas: Tem computador, mas não funciona, tem televisão, mas não há energia pra suportar a carga, fantoches, e outras que deviam ter como o quadro e o DVD.
Os trabalhos na sala de leitura funcionam para alunos de 1ª a 8ª série, os mesmos são focados na interpretação de texto, compreensão textual, pontuação, são utilizados livros de histórias, fábulas, revistas em geral. A professora começa seu trabalho demonstrando aos alunos informações sobre o livro, como nome do livro, autor, do que trata o tema. A professora é quem lê para os alunos, pois somente um ou outro da 4ª série é que ainda lê, pois é claro a todos que há uma grande dificuldade quando se trata de interesse à leitura, com os trabalhos executados na sala de leitura é possível observar que existem alunos que chegam até a 7ª, 8ª série com dificuldades na leitura, consequentemente na escrita também.
AMBIENTE: Sala de vídeo
Neste ambiente o trabalho é feito através de agendamento prévio com os professores, a maioria com objetivo de complementar o assunto dado em sala de aula, ou seja, já sabem o que vão usar no ambiente, contudo, os alunos vão pra sala de vídeo, pensando que vão assistir desenhos, filmes, gostam da disciplina de ciências que envolvem animais, já quando o trabalho envolve mapas ficam muito dispersos.
Tecnologias usadas: livros, tem computador, mas não usam, segundo a professora responsável informou que ainda este ano haverá a implantação de um programa que auxiliará no cadastramento e melhoria no recurso de pesquisa.
Os trabalhos são feitos de forma variada, algumas vezes o prof. Agenda e leva os alunos até a biblioteca, outras o prof. leva os livros até a sala de aula regular, outras as pesquisas são feitas no contra-turno. Os professores neste ambiente ajudam com as pesquisas, separam vários livros referentes ao tema procurado, quando não encontra usa a Barsa, o Prof. estimula e dá partida a vários livros, só que na maioria das vezes o aluno tem preguiça de pesquisar.
AMBIENTE: Laboratório de Informática Educativa
Porém, se quiserem constatar de que forma o LIED foi trabalhado no ano de 2010 é só clicar http://lieddoanchieta.blogspot.com/
AMBIENTE: Laboratório de ciências (irá funcionar este ano) com o projeto patrulha da limpeza (referente ao meio ambiente) e a horta escolar.
AMBIENTE: Sala de D. A.
Tecnologias usadas: quadro, jogos educativos, computador, fazem-se pesquisas na net atrás de jogos, os mesmos são testados e os que forem bons são incluídos.
Objetivo: alfabetização e matemática. De todas as atividades os alunos gostam mais do computador. Contudo, como em todos os ambientes, o retorno ao aluno depende muito da ajuda da família.
AMBIENTE: Sala de D. I.
Tecnologias usadas: computador, filmes, jogos educativos, jogos online, livros, jogos manuais, alfabeto móvel, números, tesouras, pincel, lápis de cor, revistas, materiais alternativos, fazem-se pesquisas na net atrás de jogos, os mesmos são testados e os que forem bons são incluídos. De todas as atividades os alunos gostam mais do computador.
Objetivo: alfabetização e matemática, afim de que os mesmos tentem acompanhar o ensino regular, só que dependem muito da ajuda da família a fim de reforçarem o que é dado na escola.
AMBIENTE: Sala de D. V. (tanto baixa, como total)
` Tecnologias usadas: computador, CDs jogos educativos, programa DOSVOX, teclado especial com sintetizador, áudio livro com histórias, estimulação tátil, textura, braile, soroban (cálculos matemáticos), pintura em relevo, jogos de encaixe, quebra cabeça, jogo da memória, confecção de cartilhas, recortes, colagem, quadro, pranchas visuais, para os de baixa visão, não tem teclado especial, a alternativa usada é a ampliação dos caracteres para serem colados no teclado.
Objetivo: atividades da vida diária, mobilidade, alfabetização, matemática, relação de nº e quantidade.
Mediante esta pesquisa, é possível observar que para os alunos a tecnologia mais interessante é o computador. Sabe-se que a Tecnologia Interativa é uma elaboração simultânea que se dá entre o emissor e o receptor, codificando e decodificando conteúdos, conforme a realidade de cada lugar, de cada ambiente, “É preciso aprender a lê-los e a "escrever" com eles”1, a mesma vai depender muito da forma que essa interação ocorrerá, seja por TV a cabo, Rádio, vídeo conferência, teleconferência, programas de multimídia ou internet. Com essa tecnologia inovadora, globalizada, é possível visualizar a facilidade na interação entre as pessoas e o mundo, não importando a distância ou a língua que se fala, permitindo a educação uma nova forma de “ensinar a ensinar” e de “aprender a aprender”.
Há muito que se fazer com essa tecnologia na educação, é preciso uma re-estruturação física e pedagógica, principalmente interesse e atitude de quem se mostra como educador e também do educando, é preciso prepará-los afim de aproveitarmos o máximo do que ela nos oferece, e através destes erros e acertos, possamos criar novas possibilidades tecnológicas, demonstrando trabalhos, socializando dúvidas e incertezas, não sendo um mero receptor do conhecimento, mas mostrando ao mundo um novo conhecimento.
Referências bibliográficas:
1. Hamze da UNIFEB/CETEC e FISO de Barretos
2. Assessor pedagógico do Departamento de Infor mática Educativa - Colégio Santo Inácio, Rio de Janeiro, RJ. Pesquisador da COPPE - UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
3. As fotos são ilustrativas.
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